quinta-feira, 6 de maio de 2010

Fotinhas Minhas

Sorridente

Sapekinha


Observadora


Hãnnnnn



Assustada


quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um poquinho sobre mim








Me chamo Mayra Bruna Albuquerque Vieria, nasci no dia 31 de agosto de 1990, no estado de Alagoas, na cidade de Arapiraca. Hoje tenho 19 anos de idade.
Sou filha de Edson de Souza Vieira e Margarida Rosa de Albuquerque, porém eles são meus pais adotivos, mais não deixam de ser meus pais. Tenho um irmão que se chama José Michael de Albuquerque Vieira.
Meus pais foram criados por uma familia hulmide, simples, mas que com esforço, força de vontade e muita fé conseguiram crescer, ter empregos bons, sem necessitar passar fome. Entretanto a familia do meu pai e da minha mãe são bem diferentes, a familia do meu pai é muito ambiciosa, orgulhosa, briguenta e um pouco preconceituosa. Já a familia da minha mãe é mais calma, familia mais reunida, quando precisamos está ali para ajudar, mais é meia relaxada em algumas coisas.
Desde pequena que a familia do meu pai não gostavam de mim, sempre preferiam os outros, incluindo o meu irmão do que a mim, e eu nunca sabia o porque disso. Eles sempre brigavam comigo, nunca me chamavam para sair para nenhum canto, sempre falavam mal de mim.
Eu sempre fui muito orgulhosa, um pouco chata as vezes ( quando eu era mais novinha eu era muito mais chata, ninguém me aguentava ), sou uma pessoa que guarda mágoas, não porque eu quero, mais porque é mais forte do que eu. Pois bem, sempre fui revoltada com a minha familia parte de pai, não porque eles nunca me chamaram para sair, claro as vezes chamam sim, mais isso é raro acontecer, mais por eles acharem que só porque eu sou adotiva eu não mereço o carinho deles, a atenção deles. Eles só estão lá para me criticar e pronto. Minha vó, conto nos dedos as vezes que ela apareceu na minha casa para me ver.
Mais esse desprezo só aumentou quando meu pai faleceu.
Até meus 8 anos mais ou menos, eu não sabia que eu era adotiva, até que um dia eu dormir e tive um sonho muito estranho. Quando acordei, vi minha mãe no sofá e contei pra ela sobre o sonho que tive e perguntei se eu era adotiva. Ela me disse que não, eu não era adotiva, eu sabia que no fundo ela estava mentindo e disse a ela que eu sabia que eu era adotiva, que ela não precisava mais mentir pra mim, foi ai que ela viu que não tinha jeito e me falou toda a verdade. Minha mãe teve três filhos, porém sua gravidez era sempre de risco, a primeira gravidez ela teve o Maycon ( era assim o apelido do meu irmão ), que nasceu com asma e teve que ficar na incubadora. Já os outros dois filhos ela perdeu, ao nascer eles não conseguiram sobreviver. Até que um dia minha tia, que já tinha falado com meu pai, foi até o hospital e me pegou, porque a minha mãe não podia cuidar de mim, ela não tinha condições e parece que o marido dela não queria a criança. Então ela me levou e fez uma surpresa para minha mãe, no começo minha mãe não queria, mais depois que me pegou no colo resolveu ficar comigo. Fiquei feliz por ela ter me contado, mesmo eu perguntando. Chorei sim, não de raiva ou de tristeza, mais de emoção e de agradecimento, por eu ter uma familia tão boa com a minha ( estou me referindo do meu pai e da minha mãe ). Meu pai sempre negou, sempre disse que eu não era adotiva, que eu era filha deles verdadeira, mais no fundo ele sabia que eu não acreditava no que ele dizia.
Em 1999 meu pai foi morar em Aracaju, onde ele abriu uma filial da firma que meu avô tem aqui em Arapiraca, que se chama hoje Mervil. Antes meu pai era caminhoneiro, comerciante, trabalhava com o meu tio, um irmão dele mais velho, em um deposito de bebidas. Não deu certo a sociedade entre os dois, então meu pai foi e abriu a filial da Mervil em Aracaju. Meu pai ficava mais lá do que aqui com a gente, mais sempre que podia, estava aqui com a gente.
Eu era muito apegada ao meu pai, mais do que minha mãe. Eu amo demais minha mãe, mais sempre gostei do meu pai, eu me sentia melhor com meu pai. Então eu sentia muito a falta dele, tinha dias que quando ele demorava para chegar, eu ia para debaixo da mesa e fazia um pedido para que ele voltasse logo, e quando ele chegava eu dava três pulinhos de alegria.
Nos dia dos pais, meu pai não pode vim me ver e nem ver meu irmão, fiquei muito trste com isso, ele apenas ligou para a nossa casa. Na escola sempre tem aquelas coisas de fazer desenho, carta para mães no dia delas e para os pais também. Um ano eu dei um quadro para minha mãe, com um certificado de melhor mãe, ela ficou super feliz. Para o dia dos pais, a minha professora pediu para que a gente cantasse uma música para os nossos pais, ela era mais ou menos assim:
" Na mesma praça, no mesmo banco, nas mesmas flores, no mesmo jardim, tudo é igual, estou contente, porque eu tenho papai perto de mim"
Como meu pai não ia vim no dia dos pais para casa, eu resolvi não cantar a música pra ele, porque eu não estava contente, e sim triste por não tê-lo perto de mim. Quando ele ligou que falou com minha mãe e meu irmão, chegou a vez de falar comigo, dei os parabéns, pedi a benção dele e na hora me deu vontade de cantar a musiquinha, disse pra ele que iria cantar uma música em comemoração ao dia dele, e que essa música dizia tudo que eu estava sentindo naquele momento e começei a cantar a música pelo telefone:
" Na mesma praça, no mesmo banco, nas mesmas flores, no mesmo jardim, tudo é igual, mais to tão triste, porque não tenho papai perto de mim"
Assim que terminei de cantar a música, meu pai estava no outro lado da linha, chorando, emocionado com o que eu cantei. Ele disse que me amava muito e eu também disse que o amava. Esse foi o último dia dos pais em que cantei essa música, que pude ouvir a voz dele.
Em janeiro de 2000, eu e minha familia nos mudamos para Aracaju, para irmos morar com meu pai. Estavamos todos felizes com a mudança, minha mãe teve que sair do emprego que ela tinha, ela era professora, eu e meu irmão saimos da escola onde estudavamos, para ir estudar em outra lá em Aracaju. Nos mudamos para uma casa de primeiro andar, ela tinha 9 quartos, uns 5 banheiros, uma cozinha grande, e umas 4 salas. Era bem espaçosa.
Estavamos super felizes, até que um dia, minha mãe estava varrendo a casa e foi para o meu quarto, lá eu estava dormindo, ela me acordou chorando, dizendo que meuu pai tinha pedido a separação, que não estava mais dando certo ele ficar junto dela. Eu nunca pensei que meus pais fossem um dia se separar, fiquei muito triste com isso, chorei nos braços de minha mãe quando ela me falou. Eu tentei falar com meu pai, para saber o porque dessa decisão, para saber se ele ainda a amava e pedi pra ele ficar com ela, mais não teve jeito.
Minha mãe muito triste depois de alguns dias voltou para Arapiraca, ficou na casa da mãe dela, eu e meu irmão ficamos em Aracaju. Eu tinha uma grande responsabilidade naquele momento, que era decidi se eu ficava com minha mãe ou com meu pai. Meu irmão iria ficar com meu pai, porque ele ia trabalhar na empresa junto com ele, então eu tive que ficar com minha mãe, não que eu não quisesse ficar com ela, mais porque realmente eu me sentia melhor com meu pai.
Nos mudamos novamente, depois do carnaval, para a nossa casa em Arapiraca. Meu pai e meu irmão vinham de 15 e 15 para a nossa casa, só que meu pai não dormia com a gente, ele ia dormir no hotel e sempre levava meu irmão junto. Até que um dia eu pedi pra ele me levar junto, para eu ir dormir com ele, porque eu estava com muitas saudades dele, só que ele não deixou, disse que eu não podia ir e saiu de casa. Fiquei horas chorando de tristeza, dizendo para minha mãe que ele não me amava, que ele nunca gostou de mim, que ele preferia o Maycon do que a mim. Fiquei tão mal, que acabei ficando com febre. Depois de algumas horas meu pai chegou e minha mãe foi falar com ele, perguntou a ele que tipo de pai ele era, porque nem levar a filha pra dormir com ele, ele não levava. Passava 15 dias sem ver a filha e quando visse era por poucas horas, nem pensar em sair com ela, ele pensava. Enquanto ela ficava em casa, rezando para que o pai dela chegasse logo, para abraça-lo e sair com ele, matar a saudade que ela sentia por ele. E ainda disse a ele que quando ele saiu, eu tinha chorado muito, tava até com febre e disse que ele não me amava. Eu na sala ouvia toda a conversa dela com ele. Depois que ele ouviu tudo que ela disse, ele me chamou pra ir dormir com ele, e eu fui toda feliz. Foi muito bom, dormiu eu ele e meu irmão, não no hotel, mas na casa de uma prima minha
.
Amanhã volto para falar mais um pouquinho da minha vida.
Bye Pessoas ;*